Conheça o método construtivo da construção a seco e como ele pode beneficiar sua construtora.
Buscar alternativas para aumentar a qualidade e eficiência das obras é a meta de toda construtora que deseja se destacar no mercado de construção civil. Isso é atingir o grau máximo de diferenciação. Essa diferenciação é mais chance de conquistar novos clientes. É respondendo a essa busca que a construção a seco vem ganhando cada vez mais espaço no mercado.
Como o próprio nome sugere, o grande diferencial da construção a seco é o fato de não utilizar água nas etapas do processo de construção das peças. Sem o uso de água e argamassa, a construção a seco busca outros materiais, como o drywall e suas placas de gesso, o steel frame, criado com aço galvanizado e as estruturas pré-moldadas.
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Conheça melhor esse método construtivo, seus tipos e que vantagens e desvantagens pode trazer para o canteiro de obras e para sua construtora.
Construção a seco: o que é e quais tipos existem?
A construção a seco é uma das opções de obras sustentáveis encontradas no mercado atualmente. A eliminação do uso de água é um ponto forte para construtoras que querem se destacar pela redução de impactos ambientais.
Existem diversos tipos de sistemas de construção a seco, variando de acordo com os materiais utilizados. Conheça os principais:
1. Drywall
O drywall ou placas de gesso são um dos sistemas de construção a seco mais populares na construção civil. Utilizando duas placas de gesso natural revestidas de papel-cartão. O espaço entre as placas pode ser preenchido com lã mineral ou outros materiais, oferecendo à esse sistema construtivo grande capacidade de isolamento térmico e sonoro para o ambiente.
O papel do gesso é garantir resistência à compressão, enquanto o papel cartão garante a resistência à tração para que o isolamento adequado ocorra. A sustentação das paredes é assegurada com estruturas de aço galvanizado, onde as placas de gesso são instaladas.
Existem três tipos de drywall:
- placas brancas ou standart (st), para ambientes secos;
- placas verdes (ru), que possuem silicone e têm mais resistência a umidade, servindo para cozinhas, banheiros e áreas de serviço
- e placas rosas (rf), que possuem fibra de vidro e oferecem melhor isolamento contra fogo, ideais para áreas onde serão instalados fogões e lareiras.
2. Steel frame
Nesse sistema de construção a seco, é utilizada uma estrutura em aço conformado para criar um esqueleto fixado à fundação da obra. O mesmo aço é utilizado nas placas chumbadas à essa base que formam a construção por steel frame.
Um dos grandes destaque para esse tipo de construção é a possibilidade de combiná-lo com outros, fazendo o preenchimento do esqueleto de aço conformado com drywall ou madeira.
3. Wood frame
No wood frame, o esqueleto é criado com montantes e travessas de madeira que, depois, são completados com chapas também de madeira.
A diferença entre esqueleto e placas é que o primeiro é de madeira maciça, enquanto o segundo utiliza placas de OSB.
O OSB é um grande diferencial para construtoras que buscam por sustentabilidade, já que é feito com lascas de madeira reflorestadas, colocadas em diferentes direções para formar as placas. Isso significa que é uma placa que reaproveita sobras de madeiras em lugar de exigir a derrubada de mais árvores.
4. Painéis EPS
Os painéis de EPS, ou poliestireno expandido, usam a aplicação de painéis desse material em telas de aço. Após a aplicação das placas a estrutura é concretada ou parafusada.
Esse tipo de construção a seco oferece mais resistência à estrutura, possui menos peso e atua como isolante térmico e é utilizado, principalmente, na construção de câmaras frigoríficas.
5. Parede dupla de concreto
As placas de concreto usadas na parede dupla desse modelo já possuem a vantagem de serem produzidas fora do canteiro de obras, sendo um tipo de construção modular. Elas chegam prontas ao canteiro de obras, bastando encaixar as peças para construir.
As placas são instaladas em uma estrutura de treliça e o espaço entre uma placa e outra é preenchido com isopor, poliuretano expandido ou concreto. Um dos maiores benefícios dessa opção é a agilidade de construção, ajudando muito a construtora que precisa de mais controle dos prazos.
Vantagens e desvantagens desse sistema construtivo
Existem diversas vantagens para construtoras que utilizam a construção a seco em seus processos. Por serem tipos de construção executados, na maior parte, com peças e placas que chegam prontas de fábrica, seu grande diferencial é a agilidade que oferece para a execução de obra.
Além disso, como mencionamos, se destaca por trazer mais sustentabilidade para os projetos, o que é um grande diferencial competitivo e atrativo para os clientes.
Ainda podemos mencionar que é um sistema construtivo que:
- Reduz atrasos.
- Elimina desperdícios.
- Minimiza o retrabalho.
- Aumenta a segurança.
- Exige um número reduzido de trabalhadores.
- Reduz custos.
Ainda que seja uma opção de sistema de construção muito benéfica, existe uma grande desvantagem. A construção a seco ainda não é muito popular no Brasil, o que faz com que o número de fornecedores seja limitado e que os custos possam ser um pouco mais altos.
No entanto, no balanço geral, ainda pode ser a opção mais lucrativa para alguns projetos, é necessário analisar cada obra antes de descartar a opção.
Sistemas construtivos: como escolher o seu?
Existem diversos tipos de sistemas construtivos no mercado, cada um com suas vantagens e desvantagens.
A construção a seco é apenas um dos sistemas que sua construtora pode utilizar na hora de planejar e executar um projeto.
Decidir qual sistema construtivo utilizar sempre vai depender das características do projeto, do local de obra, dos objetivos e dos recursos disponíveis.
Por isso, é essencial que as construtoras invistam em ter controle de seus processos, garantindo que o sistema escolhido possa, realmente, oferecer vantagens para empresa, clientes e usuários das obras.
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